por Julio Mendonça
Esta famosa tradução dos versos iniciais do poema “A Serguéi Iessiênin”, de Maiakóvski, não são de Boris Schnaiderman, mas de Haroldo de Campos. Entretanto, não teria sido possível sem a imensa contribuição de Boris, que ensinou russo para Haroldo e Augusto de Campos e com eles compartilhou o esforço de tradução que resultou em dois livros fundamentais na cultura brasileira recente: Maiakóvski – Poemas, de 1967, e Poesia Russa Moderna, de 1968.
Schnaiderman nos deixou, ontem, aos 99 anos. Além dessas marcantes parcerias com os irmãos Campos, realizou, ainda, outras grandes contribuições na tradução, de Dostoiévski e Tolstói a Guenádi Aigui. Na crítica, destacam-se seus livros A Poética de Maiakóvski e Tradução- Ato Desmedido. Na sua extensa obra tem papel importante, também, seu trabalho de memorialista. Boris Schnaiderman foi um dos autores mais importantes para a cultura brasileira nos últimos 60 anos e seu legado ficará para as futuras gerações.
O corpo de Boris está sendo velado até as 14h de hoje, 19 de maio, no Centro Universitário Maria Antonia.
Foto: Valter Fontes/Coperphoto/Estadão Conteúdo/Arquivo
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