Quarta-feira, 14 de setembro, às 19h
Mesa: Poéticas originárias - A palavra entre mundos | Johnn Nara Gomes e Luciana de Oliveira
A palestra apresenta a partilha de uma experiência de co-criação do livro bilíngue (Guarani e Português), Ñe é Tee Rekove/Palavra Verdadeira Viva, organizado pelo rezador Valdomiro Flores (Ava Apyka Renda Jurua), pela rezadora Tereza Amarília Flores (Kuña Jeguaka Rory) e por Luciana de Oliveira (Kuña Jeguaka Renda), produzido em colaboração com o povo Kaiowá do território retomado de Guaiviry Yvy Pyte Ojere (Mato Grosso do Sul/Brasil). Serão apresentadas algumas das escolhas e negociações intermundos em torno: 1) da transcriação do oral ao escrito; 2) da tradução interlinguística (entre idiomas), interétnica (entre povos e culturas), intersemiótica (entre linguagens e formas expressivas) e o interperspectivo (entre formas de vida); 3) das tensões e dos afetos; 4) da intradutibilidade e das inequivalências.
Johnn Nara Gomes é liderança jovem na Retomada Aty Jovem (RAJ) dos povos Kaiowá e Guarani e reside na retomada de Guaiviry Yvy Pyte Y Jere (Mato Grosso do Sul/Brasil). Formou-se na área de cinema pelo Programa de Extensão Imagem Canto Palavra no Território Guarani e Kaiowá da UFMG e co-dirigiu os filmes Ava Marangatu (Ser Sagrado, 2016, 15"), Ava Yvy Vera (Terra do Povo do Raio, 2016, 52") e Yvy Pyte (Coração da Terra, 2019, 7") que ganharam prêmios e participaram de mostras nacionais e internacionais.
Luciana de Oliveira é pesquisadora-extensionista e professora associada no Departamento de Comunicação Social e no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG (linha de pesquisa Pragmáticas da Imagem). Tem trabalhado colaborativamente com o movimento Aty Guasu Guarani-Kaiowá e com a comunidade de Guaiviry Yvy Pyte Y Jere desde 2012. É co-organizadora do livro Ñe ē Tee Rekove/Palavra Verdadeira Viva (2020) junto com o casal de xamãs Valdomiro Flores e Tereza Amarília Flores. É lider do Coletivo de Estudos, Pesquisas Etnográficas e Ação Comunicacional em Contextos de Risco (Corisco).
Literatura indígena, autoria e poética do eu-nós
O conceito de “poética do eu-nós” permite abordar a produção literária de autoria individual indígena, destacando o reconhecimento da identidade indígena para a afirmação dos povos originários no (pluri)país. Essa identidade coletiva, marcante entre os povos originários, projeta os sujeitos indígenas no âmbito da literatura, evidenciando a presença indígena em publicações disponíveis no mercado editorial.
Julie Dorrico pertence ao povo Macuxi. Doutora em Teoria da Literatura na PUCRS. Mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras Português pela UNIR. É poeta, escritora, palestrante, pesquisadora de literatura indígena. Venceu em 1º lugar o concurso Tamoios/FNLIJ/UKA de Novos Escritores Indígenas em 2019. Administradora do perfil @leiamulheresindigenas no Instagram e do canal no YouTube Literatura Indígena Contemporânea. Curadora da I Mostra de Literatura Indígena no Museu do Índio (UFU). Autora da obra “Eu sou macuxi e outras histórias” (Caos e Letras, 2019).
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