Curadoria: Deborah Goldemberg
De 16 a 18 de setembro, das 18h às 21h (quinta e sexta-feira) e das 15h às 18h (sábado)
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A atividade será realizada por meio da plataforma Zoom.
A partir da exposição do histórico colonial sem paralelo de extermínio e proibição de mais de mil línguas que eram faladas no território que veio a ser chamado de Brasil, o seminário propõe uma reflexão sobre as causas da intolerância no país, com uma sessão dedicada também à colonização portuguesa no continente Africano, trazendo uma perspectiva comparativa. No Brasil, além do português, ainda são faladas cerca de duzentas línguas, mas por poucos grupos, e, além disso, são poucas as pessoas que sabem dessa diversidade. Pensando no futuro, o seminário também lançará luz sobre os esforços de resistência linguística e, mais recentemente, de resgates linguísticos que vêm sendo empreendidos por vários atores.
Quinta-feira, 16 de setembro
Por que falávamos milhares de línguas no ano de 1500 e hoje acreditamos ser “o maior país monolíngue” do mundo?
18h | ABERTURA
Deborah Goldemberg – Curadora do seminário
18h10 | MESA 1: O que o histórico das línguas que existiram e deixaram de existir no território que chamamos de Brasil nos diz sobre nós?
Deborah Goldemberg – Mediadora
Aílton Krenak – líder indígena, filósofo, escritor e artista – Performance
Tânia Clemente de Souza – UFRJ – Museu Nacional – “Quem falava e em qual língua no território que hoje chamamos de Brasil antes da colonização? Que tipo de país somos hoje, em termos linguísticos?”
José Alves – UFPA/Dept História – “O que significou a política instituída pelo Marques de Pombal, via Diretório dos Índios, para o Grão-Pará e, num segundo momento, para o Brasil?”
19h30 | MESA 2: Como surgiram as línguas gerais e qual função elas cumpriram?
Maria Silvia Cintra Martins – UFSCAR/Departamento de Linguística – Mediadora
João Paulo Ribeiro e Zulmiro Vitor – UFSCAR/Vozes Indígenas (Depto. de Línguistica) – Performance
José Bessa Freire – “Como surgiu o tupi amazônico e a serviço de que? (nhengatu e resistência das línguas amazônicas)”
José de Souza Martins – Sociólogo/USP – “O tupi paulista e fala caipira”
Sexta-feira, 17 de setembro
Como morre uma língua? Como algumas línguas resistem e outras, até já esquecidas, podem ser revitalizadas ou até ressuscitadas?
18h | Reabertura do Seminário – Deborah Goldemberg & homenagem a Karapiru
18h10 | MESA 3: Como morre uma língua?
Marcelo Ariel – Filósofo e poeta – Mediador
Charles Trocate – Poeta amazônida – Performance
Sydney Possuelo – Sertanista – “Como morre uma língua? A violência física no silenciamento de línguas e povos”
Marcelo Lemos – Geógrafo – “Como se deu a tentativa de silenciamento da língua Puri no Sudeste do Brasil? Desterritorialização e miscigenação”
Indicações de filmes:
19h30 | MESA 4: Como uma língua tenta sobreviver, é revitalizada e até ressuscitada?
Florêncio Vaz – Mediador
Avelino Taurepang – Performance
Rosileide Barbosa – Doutoranda Kaiowá – “A grande resistência guarani, ao longo de 521 anos – qual o segredo?”
Denise Silva e Maisa Terena – “O sucesso do programa de fortalecimento da língua e cultura Terena no Mato Grosso do Sul”
Carmelita Lopes/Ñáma Telikong – “É possível ressuscitar uma língua considerada morta? Como? O caso Puri”
Sábado, 18 de setembro
O legado português no continente africano (em perspectiva comparativa) e outros futuros possíveis
15h | MESA 5: O legado português nos países africanos
16h45 | MESA 6: Grande debate – Por que somos tão intolerantes? Futuros possíveis
Marcelo Tápia – diretor da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo – Mediador
André Baniwa – "O significado da co-oficilizacao de línguas na experiência de São Gabriel da Cachoeira/COIAB"
Rosângela Morello – "Oficialização e co-oficialização de línguas (IPOL – Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística)"
Diana Luz de Barros – Universidade de São Paulo e Universidade Presbiteriana Mackenzie – "Intolerância e Linguística"
Denise Silva – Década Internacional da Línguas Indígenas/UNESCO (IPED)
18h | Encerramento
Indicações de filmes:
Uma coleção de filmes produzidos por indígenas, a partir de capacitações e apoio de Vicent Carelli, disponíveis no site “Vídeo nas aldeias".
Sobre as línguas faladas por imigrantes poloneses, alemãos e italianos no final do século XVIII e início do século XIX: Receitas da memória.
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