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Sexta-feira, 6 de dezembro, 2016
O dia em que a Casa comemorou mais um aniversário foi o momento propício para uma visita integrada com a 32ª Bienal.
A visita, que teve seu início na Casa das Rosas, teve como ponto de partida uma acolhida em uma das salas com uma apresentação sobre a história da Casa.
Pouco antes de conhecer outros espaços, os presentes tiveram a oportunidade de ler (individualmente e em grupo) trabalhos importantes de alguns concretistas, como Haroldo e Augusto de Campos e Ronaldo Azeredo.
Em seguida, a visita teve como recorte a recente inaugurada mostra "As Idéias Concretas". Esta exposição nasceu de outra efeméride: os sessenta anos da poesia concreta. Os eixos temáticos e espaços da mostra foram apresentados e discutidos entre todos os participantes.
Pudemos abordar na exposição obras de outros poetas concretos cujos trabalhos são importantes expoentes do concretismo brasileiro, dentre eles o poema Zen de Pedro Xisto e o poema Chiclete’s de Philadelpho Menezes.
Foi uma fala sobre Öyvind Fahlströn, autor do Manifesto Para a Poesia Concreta e um dos artistas presentes na 32ª Bienal, que serviu como convite-ponte para o que se seguiria após um breve almoço.
Já no Ibirapuera, todos foram acolhidos em uma das entradas principais. Neste ano, a 32ª Bienal propõe a observação de algumas das noções de incerteza e das estratégias oferecidas pela arte contemporânea para abarcá-la ou habitá-la.
O uruguaio Felipe Mujica foi o primeiro artista apresentado. Outros importantes trabalhos da arte plástica concretista e, ou, que flertavam com ela, também foram abordados. Mujica é chileno e seus projetos dividem-se em dois grandes eixos de atuação: sua produção enquanto artista e pesquisador visual soma-se à educação a partir da elaboração de organizações colaborativas de exposições e publicações.
A base de sua pesquisa visa as raízes artísticas latino-americanas de maneira problematiza-las a partir da aproximação das técnicas de manufatura tradicionais à arte contemporânea.
É interessante observarmos que seu trabalho exposto na 32ª Bienal chamado Las Universidades Desconocidas propõe a conexão de formas geometrizadas, característica marcante do concretismo brasileiro, com a leitura do que poderíamos encarar como um convite à poesia concreta. Essa conta com a co-leiturabilidade de suas formas: o leitor é um compositor dos significados da obra enquanto artífice-tradutor e “com+positor” dos processos linguísticos de compreensão.
Compasrtilhamento: quase-objetos e quase-situações – o prcesso construtivo de Mujica é fortemente influenciado pelas vanguardas construtivas do século vinte, como possibilidade de traçarmos referências entra suas obras e a poesia concreta podemos citar alguns artistas que contaminaram sua poética, dentre eles vemos Hélio Oiticica, Vladimir Tátlin, Jesús Rafael Soto e Carlos Cruz-Díez.
O último artista visitado foi o já citado Öyvind Fahlström. As discussões orbitaram principalmente temas pertinentes à autoria, arquitetura e urbanismo e os vazios, tão importantes para a leitura algumas obras artísticas.
Öyvind foi o primeiro artista a propor o termo “poesia concreta” para referir-se à poesia visual produzida com mecanismos estéticos particulares que jogam com a viabilidade das palavras relacionando-as às potências visuais, estilísticas e semânticas que essas possuem. Nascido no Brasil, imigrou à Suécia de maneira forçada - filho de pais suecos, decidiu visitar suas terras de origem, momento em que a segunda guerra mundial eclode deslocando as fronteiras mundiais: fato que o impediu de retornar ao Brasil por décadas até poder retornar com grande parte de seus trabalhos desenvolvidos já em solo escandinavo.
Tudo aconteceu tendo como fio condutor as convergências com o fazer de poetas concretistas e suas materializações noutras linguagens visuais que apesar de se relacionarem com a poesia acabam caminhando por outras veredas.
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