object(mysqli_stmt)#3 (10) { ["affected_rows"]=> int(1) ["insert_id"]=> int(0) ["num_rows"]=> int(0) ["param_count"]=> int(1) ["field_count"]=> int(13) ["errno"]=> int(0) ["error"]=> string(0) "" ["error_list"]=> array(0) { } ["sqlstate"]=> string(5) "00000" ["id"]=> int(1) }
São Paulo, 29 de Agosto de 2015.
Realizamos uma visita casada para professores em parceria com o Museu de Arte Sacra voltada ao tema da fotografia como reprodução da imagem, do retrato como intenção simbólica e da transformação imagética que os recursos da pintura oferecem para a caracterização daquilo que conhecemos por identidade. O título do encontro foi consagrado como Do Retrato ao Selfie!
Partimos da exposição Roland Barthes plural sediada na Casa das Rosas travando como ponto de discussão sua obra intitulada A Câmara Clara para podermos discutir as conexões que a fotografia engendra com a memória, com a representação do eu e, por conseguinte, com o sentido de alteridade, a dinergia entre a permanência físico-química e a morte como assunto-além... relação telúrica.
Neste diálogo apresentamos a origem da filosofia estruturalista e da linguagem barthesiana baseada nas relações da semiologia e dos discursos de linguagem.
Partimos da Casa das Rosas em direção ao Museu de Arte Sacra e após um caloroso almoço no pluricultural bairro do Bom Retiro adentramos ao museu para realizar uma oficina de sensibilização do olhar a partir de experimentos físicos com a luz: a partir da câmara escura discutimos os princípios por traz da óptica: refração, reflexão, dimensão e dados cromáticos. Com isso realizamos uma oficina fotográfica de pinholes, técnica fotográfica de baixo custo que permite realizar fotografias com uma lata e papel fotográfico.
Todos tiveram a oportunidade de termos uma experiência laboratorial para a revelação dos retratos com os químicos para após discutirmos a relação da fotografia com a pintura para a elaboração do conceito de retrato. Utilizamo-nos de exemplos de fotografias de Militão Augusto de Azevedo, fotógrafo brasileiro atuante na segunda metade do século XIX, que foram utilizadas para a elaboração de retratos e paisagens traçando um paralelo entre a relação que as pessoas possuíam com a fotografia e com a pintura a óleo de maneira a compreendermos o porquê a fotografia por tanto tempo não foi considerada uma linguagem artística e, sim, uma técnica, um instrumento para registros.
No encerramento realizamos uma discussão entre nós questionando o uso das novas tecnologias como incentivo à participação em sala de aula e para uma educação mais pluralista com relação à interface dos conteúdos. Observamos que a imagem é um elemento construído a partir de processos de articulação simbólica que nos intencionam à crença de verdade sempre-sólida e que, velada, traz informações muitas vezes aquém ao nosso simples olhar... Devemos sempre nos ilustrar e calibrar o ver para, assim, enxergar.
Este site utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.
Consulte sobre os Cookies e a Política de Privacidade para obter mais informações.