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Agenda

Lançamento

QUATRO SÉCULOS DE NOVELAS ITALIANAS

Por Aurora Bernardini e Lucia Wataghin

27/08 16h | Atividade realizada presencialmente

Sábado, 27 de agosto de 2022, das 16h às 18h

 

A Casa das Rosas recebe em seu jardim o lançamento de Quatro Séculos de Novelas Italianas, da editora Voz de Mulher, organizado por Aurora Bernardini e Lucia Wataghin. O evento contará com leitura de contos, conversa sobre literatura italiana e também com sessão de autógrafo com as autoras.

 

Começando pelas oito jocosas novelas de tradição oral em vulgar, reunidas por compilador anônimo no Novellino ao longo dos séculos séculos XIII e XIV, ou seja, do fim da Idade Média ao começo da Renascença, o panorama que a presente coletânea nos apresenta chega aos três contos-surpresa de Giovanni Boccaccio (1313-1375), o famoso autor do Decameron, que vão do ousado ao refinado. Seu continuador, Franco Sacchetti (1332-1400) nos entretém com três de suas novelas hílares, entre as quais há uma em que Dante dialoga com um ferreiro que estropiou seus versos. Uma peça complexa e sutil, apresentada aqui,  é “A novela do Gordo marceneiro” de Antonio Manetti (1423-1497). Chegamos, com nada menos do que o florentino Niccolò Machiavelli  (1460-1527), ao final do século XV, quando a restrição da expansão econômica permitiu aos mecenas se dedicarem com mais tempo e lazer a outros interesses que não os comerciais. Admirador de Cesare Borgia, é inimigo dos Medici que são banidos de Florença em 1498. Quando eles voltam ao poder, em 1513, ele é relegado à paz do campo e é ali que escreve O príncipe, “A mandrágora”e  o nosso “Belfagor arquidiabo”.

 

De Florença passa-se agora a outra região, o Piemonte, que – na época de seu principal  intérprete, Matteo Bandello (1485-1561) – fazia parte do ducado de Milão, regido por Massimiliano Sforza. Matteo pronunciou seus votos aos 15 anos e serviu aos Sforza de Milão e aos Gonzaga de Mântua, tendo sido amigo de Isabella d’Este e de Francisco II da França, onde terminou seus dias como bispo de Agen. Da versão que ele escreveu de Romeu e Julieta, teria haurido Shakespeare para o seu Romeu and Juliet de 1594-95. Aqui foi escolhida a história comovente da jovem Giulia de Gazuolo. De Luigi da Porto (1485-1529), natural de Vicenza que, como Verona, fazia parte da República de Veneza, foi escolhida a versão de “Julieta e Romeu” que também se encontra em Lope de Vega, em que Julieta é a figura dominante.  Há, ainda, o frade florentino Agnolo Firenzuola (1493-1543) que se apaixonou por uma cortesã por quem abandonou o hábito e que nos deu “Uma história complicada” e Gianfrancesco Straparola (1480-1557), cujo sobrenome é o apelido de quem falava em demasia (straparlare), mas que, ao contrário, nos brinda com dois contos delicados de componente folclórica e maravilhosa. Quem, finalmente,  retoma a tradição burlesca de Il Novellino, com três causos escolhidos para esta coletânea  é o florentino Anton Francesco Doni ( 1513-1574), de quem é famosa a diatribe contra o poeta  Pietro Aretino cujos “sonetos luxuriosos” foram  brilhantemente traduzidos no Brasil por José Paulo Paes.

 

Atividade presencial, realizada no jardim da Casa das Rosas. Sem necessidade de inscrição.

CASA DAS ROSAS
ESPAÇO HAROLDO DE CAMPOS DE POESIA E LITERATURA
+55 (11) 3285-6986 contato@casadasrosas.org.br
Av. Paulista, 37 Bela Vista CEP 01311-902 São Paulo Brasil
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Terça-feira a domingo:
Jardim: das 7h às 22h
Museu: das 10h às 18h (entrada até às 17h30)
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