Terça-feira, 17 de setembro de 2019, das 18h às 21h
Feminas é uma nova editora focada em publicações de autoria feminina, radicada em São Paulo. O objetivo primeiro é oferecer espaço e dar visibilidade para a escrita de autoras brasileiras. Cada projeto é concebido como unidade, respeitando sua identidade, produzido integralmente por profissionais femininas e acolhido pelo selo apropriado. Independente do estilo/gênero textual – prosa, poesia, ensaio, tese, dissertação –, sempre haverá um selo em que sua escrita será incluída, reforçando o interesse na total inclusão das autoras no plano editorial.
Livro: talvez eu tenha morrido
Autora: Juba Maria
Talvez talvez eu tenha morrido seja um livro de poesia de ficção, talvez um relato autobiográfico, talvez apenas a tradução de poemas escritos pela espanhola Inés María Rosa entre 1952 e 1963 ou mesmo a representação de uma autotradução capaz de ressignificar a experiência vivida por tantas ou todas as mulheres silenciadas. O que importa é: trata-se de um livro escrito por uma mulher que poderia ser todas e por isso mesmo pouco importa se traz poemas de Inés ou de Juba ou quem traduz o quê ou quando. De modo geral, é um livro imperfeito como é imperfeita qualquer produção humana, relegando a perfeição para a vida, a morte, o tempo e o medo: esses sim, impecavelmente desenhados, existencialmente implacáveis. Um livro para fazer lembrar e para ser esquecido.
Livro: Morada
Autora: Catita
"De que é feita uma morada?” De chão, de paredes, de teto, de janelas e portas. De tijolos, de cimento, areia e água, e de telhas. E também de carne e ossos, de sangue, de pelos e unhas. E de afetos. O que a Catita faz, em Morada, sem fórmulas óbvias, mas com uma ótima amarração entre os textos, é nos conduzir para a constatação do paralelo existente entre casa e corpo - ambos, moradas. O corpo, uma morada, principalmente, para quem é negro - constantemente, desterritorializado, ao léu, como a autora e todas as mulheres que participam da construção deste livro. O que podem, então, estas moradas juntas? Um levante.
Livro: do amor que não er[r]a
Autora: Valéria Tarelho
Em do amor que não er(r)a, a autora explora com concisão e habilidade cirúrgica perguntas com subtemas como o amor cego, o apaixonado, o lúdico, o lúcido, o louco, o impossível, o simples, o erótico, o ignorado, o esquecido. Neste livro, Valéria Tarelho traz algumas epígrafes de nomes conhecidos da arte que expressam seus olhares sobre o amor. Porém, nesta obra poética a autora não visa trazer ao leitor respostas definitivas ou definições absolutas, até porque não seria poesia. Mas fazê-lo mergulhar neste oceano profundo de suspiros e dúvidas.
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